JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

terça-feira, 4 de novembro de 2014


Não há maior amor

«Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz os pobres»


O pobre não tem somente fome de pão; também tem uma terrível fome de dignidade humana. Nós temos necessidade de amor e de existir para alguém. E é aí que comentemos um erro sempre que empurramos as pessoas para baixo. Não só recusámos aos pobres um pedaço de pão, como além disso, ao considerá-los como nada, abandonando-os na rua, lhes recusamos essa dignidade que é sua, de pleno direito, enquanto filhos de Deus. Hoje em dia, o mundo não tem fome só de pão, mas também de amor; tem fome de ser desejado, de ser amado. As pessoas têm fome de sentir a presença de Cristo. Em muitos países, há de tudo em abundância, excepto essa presença, essa benevolência.
Há pobres em todos os países. Há continentes em que a pobreza é mais espiritual que material: é uma pobreza feita de solidão, de desalento, de ausência de sentido. Mas também nas ruas da Europa e da América vi pessoas na maior miséria, a dormir em caixas de papelão, vestidas de trapos. Tanto Paris como Roma e Londres conhecem essa forma de pobreza. É tão simples falar sobre os pobres que estão longe ou preocuparmo-nos com eles. É mais difícil, e quiçá um desafio maior, prestar atenção e preocuparmo-nos com o pobre que vive a dois passos da nossa casa.
O arroz, o pão que dou ao esfomeado que encontro na rua acalmar-lhe-ão a fome. Mas é muito difícil saciar a fome daquele que vive na exclusão, na falta de amor e cheio de medo. Vós, que viveis no Ocidente, muito mais que a pobreza material, conheceis a pobreza espiritual e é por isso que os vossos pobres estão entre os mais pobres. Entre os ricos, há muitas vezes pessoas espiritualmente muito pobres. A meu ver, é fácil alimentar quem tem fome ou dar dormida a um sem-abrigo. Mas consolar, apagar a amargura, a cólera e o isolamento que resultam da indigência espiritual, isso exige muito mais tempo.

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997)
Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
fonte: Arautos do Evangelho

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