Em 1647, Irmã
Catarina, religiosa que morava em Quebec, rezava, fervorosamente, pelas
almas dos mortos, porém, não rezava nem pensava em Maria, uma senhora que
lhe era próxima, conhecida como pecadora empedernida. Como todas as pessoas
que a conheciam, Irmã Catarina achava que se tratava de uma alma condenada
para sempre. Aconteceu que, um dia, a pecadora lhe apareceu, do purgatório:
“Irmã Catarina,
vós recomendais a Deus as almas daqueles que morrem, mas não tendes pena da
minha alma!” “O quê! Vós fostes salva?” ─ Perguntou Irmã Catarina ─ “Sim,
eu fui salva pela misericórdia da Virgem Santa. Quando vi-me a morrer, tão
cheia de pecados, voltei-me para a mãe de Deus, e disse: Ó Nossa Senhora!
(...) Somente vós podeis salvar-me, tende piedade de mim!”.
“A Santíssima
Virgem fez com que eu fizesse um ato de contrição, eu morri e fui salva.
Minha boa e querida Rainha me concedeu outra graça: que a intensidade dos
meus sofrimentos abreviasse o tempo da minha expiação. (...) Bastam-me,
agora, apenas algumas Missas, para que eu seja libertada do purgatório
(...)”.
Irmã Catarina mandou celebrar Missas em sua intenção e, poucos dias
depois, aquela alma tornou a lhe aparecer, mais brilhante que o sol,
dizendo: “Obrigada, irmã Catarina, eu estou indo para o céu, vou cantar as
misericórdias de meu Deus e rezar por vós.”
Vie de Sœur Catherine de Saint-Augustin, livre IV,
ch.III
(Vida de Irmã Catarina de Santo Agostinho, livro IV, capítulo III)
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