JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

"... A verdade nasceu da Virgem Maria"


Santo Agostinho explica com feliz concisão: “O que é a verdade? É o Filho de Deus. O que é a terra? A carne. Pergunta a ti mesmo, onde nasceu o Cristo, e descobre por que da terra germinou a Verdade... A verdade nasceu da Virgem Maria "(Sl 85 [84], 13).

E, em um discurso sobre o Natal, ele diz: "Com esta festa, que retorna a cada ano, nós celebramos, comemoramos, então, o dia em que foi cumprida a profecia: "Da terra germinará a Verdade e a Justiça se inclinará do Céu”.  A verdade que está no seio do Pai Eterno surgiu da terra, porque esteve, igualmente, no seio de humana mãe. A Verdade que governa o mundo inteiro, emergiu da terra, porque foi amparada pelas mãos de uma mulher...

“A verdade, que o céu não é capaz de conter, brotou da terra para ficar deitada numa manjedoura. E para quem tão sublime vantagem? E por que motivo e para quem Deus se fez tão humilde? Certamente, sem nenhum benefício para Ele, Deus, mas para oferecer grande vantagem àqueles que creem”. “Desperte, humanidade! Por sua causa Deus tornou-se homem! Desperte, você que dorme; renasça e Cristo o iluminará! Dir-lhe-ei, novamente: por sua causa Deus tornou-se homem. Se Ele não tivesse nascido, você permaneceria morto por toda a eternidade.” (Sermões, 185, 1)


SANTO AGOSTINHO

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Um lírio sobre o qual estavam escritas, em letras de ouro, as palavras “Ave Maria”

Em meados do século XIV, vivia em uma clareira, um homem chamado Salaün. As pessoas o chamavam familiarmente "Le Fou du Bois"(O louco do bosque). Considerado um "inocente", uma pessoa simples, Salaün mendigava, implorando o pão, de fazenda em fazenda, repetindo incansavelmente: "Ave Maria! Salaün bem que comeria um pedaço de pão!".

Ele faleceu por volta de 1358 (aos 48 anos), sob a indiferença de todos. Salaün foi enterrado na aldeia de Lannuchen, perto da residência senhorial de Kergoff. Ainda hoje, pode-se ver o calvário, enquadrado por quatro pedras ovais provenientes do seu túmulo.

Mas, logo após a sua morte, descobriu-se, sobre o túmulo − perto do carvalho onde costumava se balançar e a fonte onde molhava o seu pão −, um lírio sobre o qual  estavam escritas as palavras "Ave Maria" , em letras de ouro.

Ao abrir o túmulo, constatou-se que aquele lírio tinha criado raízes nos lábios do falecido. O milagre rapidamente atraiu multidões e o povo quis construir uma capela sobre o túmulo do "inocente".

Em 1419, Monsenhor de La Rue, Bispo de Léon, abençoou o santuário que foi erguido como Colegiada, por João V, mais tarde, em 1423.

Fonte: UM MINUTO COM MARIA

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

AMOR À BELEZA


O cristianismo é “amor à Beleza”, caminho da beleza, ou não é nada, afirmaram os mestres da espiritualidade cristã. Na língua grega se usa a palavra filocalia, que se traduz por amor à beleza: ser cristão é ser filocálico, é ser buscador e construtor do belo que é reflexo do Belo, Deus.
Deus caritas est: Deus é amor. Tudo o que fazemos e anunciamos aprofunda as raízes nessa certeza: Deus é amor. Amor que transforma o mármore bruto em obra de arte, em beleza. Quem de nós não conhece pessoas que eram pedra bruta, mármore sem brilho e pela graça foram transformados em beleza, em seres luminosos? Crer é belo! O Cristianismo é anúncio da vida bela, brotada da fonte do amor, Deus.
“A Beleza salvará o mundo”, escreveu o romancista e teólogo russo Fiódor Dostoievski. A Beleza que salvará o mundo é o Deus Trindade: harmonia e beleza sem limites, amor que une três Pessoas num Deus, a juventude do Filho, a feminilidade do Espírito, o encanto criador do Pai. Os místicos gostam de falar de Deus como “o Formoso”. Deus é a formosura que nos atrai incontrolavelmente.
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus, à imagem e semelhança da Beleza. O pecado não destruiu a imagem de Deus em nós, mas tirou-nos a beleza da semelhança com Deus. A finalidade da vida cristã é recuperar essa semelhança, recuperar a Beleza de Deus. A essa obra denominamos divinização, deificação: Deus se fez homem em Jesus para que o homem se tornasse Deus em Jesus. Jesus, narração da Beleza divina, nos faz participar dessa mesma Beleza pela fé, oração, caridade, orientadas pela Palavra de Deus. Ficamos santos, belos, ruminando a Palavra, dia por dia, a vida toda.
A Beleza divina a que nós somos chamados não é a beleza estética, mas a Beleza do Bem. O Cristo Crucificado é Belo em seu amor total por nós; um velhinho enrugado é belo na Luz que resplandece em sua face. A Trindade se revelou de modo pleno na beleza de Maria, venerada por todos os povos em sua beleza e encanto A filocalia, o amor à Beleza, quer nos ajudar e a contemplar nosso Deus, participar das energias divinas e assim sermos reflexos da Luz divina.
A Literatura cristã oferece diversas Filocalias: a da Antiguidade, com textos do Santos Pais gregos; a dos eslavos, volumosa, composta no Monte Athos no século XVIII e até hoje alimento tanto da vida monástica como da vida dos cristãos que buscam a santidade; as pequenas Filocalias editadas pelos mosteiros, Igrejas, nações...
Pe. José Artulino Besen
http://www.philocalia.com.br/

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A Virgem grávida de Guadalupe, Padroeira das Américas

Na colina de Tepeyac, ao norte da Cidade do México, ao raiar do dia 9 de dezembro de 1531, uma jovem senhora "resplandescente de luz” apareceu ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin, revelando-lhe que era a Virgem Maria e pediu-lhe que dissesse ao Bispo da capital que ela desejava que uma capela fosse erguida, naquele local, para que nela todos pudessem louvar seu Filho, Jesus.

O Bispo, Juan de Sumárraga, incrédulo, pediu ao vidente que obtivesse um sinal, provando que a Senhora fosse realmente a Virgem Maria. Maria não tardou em dar-lhe o sinal solicitado. No dia 12 de dezembro, sua quarta e última aparição a Juan Diego, Nossa Senhora pediu que ele subisse a colina, colhesse as flores que lá estavam e as trouxesse. E eis que o homem descia o monte, bastante impressionado, com sua tilma – avental típico dos camponeses astecas − carregada das mais belas rosas e flores que já havia visto e, isso, em pleno inverno!

Em seguida, sob o apelo da Virgem, Juanito (como ela o chamava) foi ao encontro do Bispo, e abriu a sua tilma diante das pessoas reunidas em torno do Prelado. As rosas e as outras flores caíram e na tilma, surgiu, milagrosamente estampada, a fulgurante imagem da Virgem, revestida com um manto coberto de ouro.

Declarada Padroeira das Américas pelo Papa João Paulo II, a Virgem de Guadalupe é, igualmente, invocada pelos movimentos em defesa da família e em defesa da vida (pró-vida). De fato, ela mostra-se grávida, e a digitalização da imagem pelos cientistas, revelou ao fotógrafo José Carlos Salinas Chavez  o reflexo de uma família...

Fonte: UM MINUTO COM MARIA

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"Tarde Te Amei" 

1.   
Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova... Tarde Te amei... Trinta anos estive longe de Deus. Mas durante esse tempo algo se movia dentro do meu coração... Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava... Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob Tua Guia e o consegui porque Tu Te fizeste meu auxílio.

2. Tu estavas dentro de mim e eu fora... «Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior». Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava... Eis que estavas dentro e eu fora. Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo...

3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu minha surdez... «Me fizeste entrar dentro de mim mesmo... Para não olhar para dentro de mim, eu havia me escondido. Mas Tu me arrancaste de meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo estava». Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”... Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha... Uma voz que dizia: “TOMA E LÊ, TOMA E LÊ!”

4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste minha cegueira. Então corri à Bíblia, a abri ao acaso e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: «Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo» (Rm 13,13s). Aquelas Palavras RESSOARAM dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida...

5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti... Deus... de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus... de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus... a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Assim foi como descobri a Deus e me dei conta de que no fundo era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente meu coração.

6. Provei-Te, e agora tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. «Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo». Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!...


7. E agora, Senhor, só amo a Ti ! Só sigo a Ti ! Só busco a Ti ! Só ardo por Ti !...

8. Tarde te amei! Tarde Te amei, oh Beleza tão antiga e tão nova ! Tarde demais eu Te amei !... Eis que estavas dentro e eu, fora. E fora Te buscava e lançava-me, disforme e nada belo, ante a beleza de tudo e todos que criaste. Estavas comigo e não eu Contigo...Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste minha surdez. Brilhaste, resplandeceste e Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste Teu Perfume e respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei,Te saboreei, e agora tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora estou ardendo em desejos por Tua Paz !
 
Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29
Fonte: Aleteia

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

HORA DA GRAÇA UNIVERSAL



Hora da Graça Universal
                                                     NO DIA 8 DE DEZEMBRO

Nossa Senhora pediu a Pierina que todos os anos no dia 8 de Dezembro ao meio-dia fosse celebrada a Hora da Graça Universal. “Esta Hora da Graça vai produzir grandes e numerosas conversões. Corações frios e duros como mármores serão tocados pela Graça Divina e se tornarão fiéis ao amor do Senhor.” Disse Nossa Senhora à Pierina no dia 22 de Novembro de 1947.  


SÉTIMA APARIÇÃO EM MONTICHIERI – ITALIA (08/12/1947)

                        Aqui em Montichiari quero ser chamada “ROSA MÍSTICA”. Nesta festa mariana por excelência, escolhida para a aparição, milhares de pessoas vieram de todas as partes; Pierina Gilli conseguiu entrar com dificuldade e dirigir-se ao lugar central onde se deram as aparições anteriores, e começou a rezar o Rosário. De repente Pierina exclamou: “Oh! A Senhora”! Contemplou a Mãe de Deus na parte superior de uma escada branca que chegava à terra ladeada de rosas brancas, vermelhas e amarelas. À Virgem, sorrindo, disse: Eu sou a Imaculada Conceição, sou a Mãe da graça, Mãe do Divino Filho, Jesus Cristo. Quero que, ao meio dia de cada 08 de Dezembro, seja celebrada a hora de ação de graças para todo o mundo; mediante esta devoção se alcançarão graças para a alma e para o corpo. Nosso Senhor, meu Divino Filho, concederá sua misericórdia, contando que os bons não deixam de orar pelos irmãos pecadores; é preciso informar rapidamente ao Supremo pastor da Igreja Católica, o Papa Pio XII, o meu desejo de que esta hora de graça seja conhecida e estendida por todo o mundo. Quem não puder ir a Igreja, que reze em sua casa ao meio-dia e obterá as minhas graças, e se alguém vier orar com lágrimas de arrependimento sobre estas lajes encontrará uma escada certa para ir ao céu, junto com a proteção do meu coração materno.
                         “Vede este coração que ama tanto os homens enquanto a maioria deles o injúria”. Se todos, bons e maus, se reunirem em oração, obterão deste coração misericórdia e Paz. Os bons acabam de obter, pela minha intercessão, a misericórdia do Senhor, que teve um grande castigo.
                      “Tenho preparada uma abundância de graças para todos os filhos que escutam minha voz e guardam os meus desejos”.

                                              8 de Dezembro:
                                  A Hora da Graça Universal

Conforme aparição de Nossa Senhora Rosa Mística em Fontanelle (Itália) para Pierina, foi revelado que, no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, ao meio dia (12:00 hs), será a hora da graça universal. Nossa Senhora irá interceder, de maneira muito especial, pelos nossos pedidos, feitos neste horário.

Imaculada de Maria, por todos os Vossos méritos, abri as portas do Vosso Coração e deixai espalhar pelo mundo todo, graças incontáveis, repletas de bênçãos espirituais e temporais. (fazer os pedidos)

Reza-se em seguida:
7 Ave-Maria em honra das 7 dores do Coração Imaculado.
3 Glórias ao Pai em honra da Santíssima Trindade intercaladas com: Rosa Mística, rogai por nós.

Como preparação para o evento do dia 08 de Dezembro, Nossa Senhora indicou o que deveria ser feito:

“Oração e Penitência. Rezem três vezes ao dia, todos os dias, o Salmo 50, “Miserere”, de braços abertos.” 
                                    Salmo 50 – Miserere

Tende piedade de mim, ó Deus por teu amor!
Por tua compaixão, apaga a minha culpa.
Lava-me completamente da minha iniquidade,
purifica-me do meu pecado,
pois reconheço a minha culpa.
Meu pecado esta sempre diante de mim.
Pequei contra ti, pratiquei o que é mau aos teus olhos,
tu amas um coração sincero,
e no intimo me ensinas a sabedoria,
purifica-me  e  ficarei puro.
Lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
Faz-me ouvir o júbilo e a alegria,
que se alegre os ossos que esmagastes.
Ó Deus, põem em mim um coração puro.
Coloque em meu peito um espírito decidido, firme.
Senhor,  não me rejeites para longe de tua face,
não retires de mim o teu Santo Espírito.
Livra-me do crime de sangue, ó Deus, meu Salvador,
e  a minha língua louvará altamente a tua justiça.
O meu sacrifício é um espírito contrito
O meu sacrifício é um coração contrito e esmagado

E isto não o desprezas!

No dia 8 de Dezembro de 1854, Pio IX definiu solenemente este dogma da Imaculada Conceição:
“Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo… declaramos, proclamamos e definimos que a beatíssima Virgem Maria foi preservada e eximida de toda a mácula do pecado original no primeiro instante da sua conceição, por graça e especial privilégio de Deus e em vista dos merecimentos de Jesus Cristo, Salvador do género humano” (Denziger 1641)

DIVULGUE ESTA MENSAGEM E NOSSA SENHORA LHE CONCEDERÁ MUITAS GRAÇAS...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Regra de São Bento aplicada às empresas
Entrevista com o prior da comunidade de Montserrat, um dos criadores do curso "Valores e liderança: a Regra de São Bento, caminho para uma boa gestão"


Regra de São Bento, que inspirou a vida dos monges durante mais de 1.500 anos, também pode ser aplicada às empresas atuais, pois oferece grandes princípios de gestão. A Aleteia entrevistou o prior da comunidade beneditina de Montserrat, Ignasi Fossas, um dos criadores do curso "Valores e liderança: a Regra de São Bento, caminho para uma boa gestão".

O que a Regra de São Bento pode oferecer a uma empresa de hoje?

 Ela pode oferecer a experiência de séculos da sabedoria monástica condensada em um texto que serviu para inspirar a vida dos monges, também em sua vertente de trabalho e, portanto, também de organização econômica.

Como se aplica esta ampla experiência em um âmbito tão diferente de um mosteiro?
 

Regra de São Bento oferece o que nas escolas de negócios chamam de job profiles, o perfil para determinadas funções. Por exemplo, o capítulo dedicado ao âmbito econômico (capítulo 31 da Regra) oferece um perfil ideal do CEO de uma empresa. Outro exemplo: os capítulos dedicados ao abade oferecem o perfil ideal do presidente de uma companhia. Ou o mesmo enfoque do mestre de noviços. Ainda que a Regra esteja muito focada na vocação monástica, ela pode oferecer também elementos adequados para a direção de pessoas.

Há outros elementos mais gerais, como o domínio do idioma, mais do que o silêncio; é o que a regra chama de "taciturnitas" no capítulo 6, ou seja, o uso adequado da palavra. Ou o valor da humildade, a capacidade de delegar as próprias responsabilidade etc.

 A vantagem da sabedoria monástica beneditina, neste sentido, é que todos os mosteiros têm uma experiência
empresarial, sejam eles pequenos, com uma simples loja para vender lembrancinhas ou comercializar os produtos que elaboram, sejam eles grandes, com universidadesempresas de serviços que lidam com a gestão de muitas pessoas, porque a própria Regra incentiva os mosteiros a serem autossustentáveis, o que implica organização.

 Não se trata apenas de uma teoria recolhida em um texto clássico, mas de princípios contrastados pela prática secular. Uma história de 1.500 anos na qual houve de tudo, mas que funciona.

 Um elemento interessante é que, em nossa curta experiência, vemos que as pessoas que participam destes cursos  ficam positivamente surpresas ao descobrir um texto culturalmente tão próximo de nós, como é o caso da 
Regra de São Bento, no qual podem encontrar elementos de inspiração, porque, para a maioria, este era um texto desconhecido. E nos perguntam: "Por que nunca nos disseram que vocês tinham isso?".

Que pessoas costumam participar destes cursos?

 É um público muito variado, de gestores de 
empresas familiares de diversos tamanhos a proprietários de empresas que precisam repensar seu negócio totalmente no momento atual. Também há consultores.

Não é a primeira vez que se fala da aplicação da Regra de São Bento à empresa. Que iniciativas já houve, neste sentido?

Na Alemanha, sobretudo, trabalham nisso há anos nos mosteiros beneditinos, especialmente o Pe. Anselm Grün, que é ecônomo do mosteiro de Münsterschwarzach. No âmbito anglo-saxônico também, principalmente nos EUA e na Inglaterra.

 Então, achamos que poderia valer a pena. Há cerca de 4 anos, eu comecei algo parecido com uma professora da Universidade Bocconi de Milão.

Em Montserrat, reunimos um grupo de 8-10 pessoas do mundo dos negócios, da 
empresa, gestores, dois professores, o ecônomo atual de Monteserrat, Pe. Manuel Gash, e eu. Então, já tínhamos um pouco de experiência com isso e demos conferências a grupos mais uniformes, por exemplo, um grupo completo de uma empresa só, que nos havia pedido.

 
Na sua opinião, por que tantas empresas fracassam?

 Não sou especialista e não tenho soluções. Suponho que há muitos motivos, alguns estruturais, outros por deficiências no modelo de 
gestão; e os princípios incidem em tudo isso, ou seja, nas atitudes e valores com que as decisões são tomadas.

Quais são os erros mais comuns de gestão empresarial que a Regra poderia ajudar a solucionar?

 Há algo que me parece importante: a primazia da pessoa, a preocupação por cada pessoa concretamente, por definir bem o papel de cada um, a flexibilidade dentro da estrutura, que seria complementar à definição e ao fato de que a estrutura esteja muito clara. A Regra prevê certa flexibilidade para desenvolver determinadas responsabilidades. Algumas podem ser deixadas de lado, sem problemas.

A estrutura monástica tem uma diferença importante com relação a uma empresa: o objetivo da atividade econômica do mosteiro não é diretamente remunerar os acionistas nem os proprietários, mas melhorar ou favorecer o serviço que se pretende oferecer, ou manter o patrimônio, para que, assim, possa continuar com a atividade que se leva a cabo.

Em uma 
empresa, isso é diferente, não precisa ser necessariamente assim. Este é um elemento interessante: ao apresentar a possível utilidade da Regra na gestão empresarial, acho que é preciso ser honrado também e apresentar o que pode ser útil para as empresas, que é diferente.

 As pessoas entram no mosteiro porque sentem a vocação e, portanto, comprometem de alguma maneira toda a sua vida e toda a sua pessoa. No âmbito 
empresarial, as pessoas também se comprometem, mas não a vida toda nem toda a pessoa necessariamente. Não queremos que os empresários sejam como monges.

Qual é a sua experiência como empresário de Montserrat?

Eu estive 6 anos trabalhando como administrador e, para mim, uma lição essencial é a importância das relações humanas. A porcentagem mais elevada do meu trabalho é dedicada às relações humanas e isso é fundamental: ter uma boa equipe, estabelecer relações saudáveis com os colaboradores, saber motivar, lidar também com as diferenças, abordar os problemas de maneira positiva etc.

Em segundo lugar, poder descobrir que a 
gestão, que parece o elemento mais material da vida do mosteiro, pode ser precisamente uma oportunidade de crescimento espiritual, inclusive uma aventura espiritual.

Alguns dizem que conhecemos melhor as pessoas quando elas lidam com o dinheiro...

Nós começamos o curso dizendo que qualquer trabalho (todos têm alguma dimensão de liderança) afeta a pessoa inteira: corpo, alma, espírito. Por isso, é uma oportunidade privilegiada para desenvolver todos estes aspectos da pessoa, porque é preciso enfrentar a si mesmo, confrontar-se com a própria realidade, com o melhor e o pior de si mesmo; e, quanto mais alta é a responsabilidade, mais intensa é esta confrontação.


Por isso, quando se aproveita a oportunidade, a pessoa pode se desenvolver, crescer pessoalmente. As pessoas passam uma parte muito importante da sua vida no trabalho. Portanto, é normal que seja este um dos melhores lugares para conhecê-las.


Fonte: aleteia - em busca da verdade

sábado, 23 de novembro de 2013

«Quando estiveres no teu Reino»
Abriu-se hoje para nós o paraíso, fechado há milhares de anos; neste dia, nesta hora, Deus introduziu nele o ladrão. Realizou assim duas maravilhas: abriu-nos o paraíso e fez entrar nele um ladrão. Hoje, Deus devolveu-nos a nossa velha pátria; hoje, conduziu-nos à cidade de nossos pais; hoje, abriu uma morada comum a toda a humanidade. «Hoje estarás comigo no Paraíso.» Que dizes, Senhor? Estás crucificado, cravado de pregos, e prometes o Paraíso? Sim, diz Ele, para que, pela cruz, conheças o meu poder. […
Não foi por ressuscitar um morto, por dominar o mar e o vento nem por expulsar os demónios que Ele conseguiu transformar a alma pecadora do ladrão, mas por ter sido crucificado, preso com pregos, coberto de insultos, de escarros, de troças e de ultrajes, para que visses os dois aspectos do seu poder soberano. Ele fez tremer toda a criação e fendeu os rochedos (Mt 27,51); e atraiu a Si a alma do ladrão, mais dura do que a pedra, revestindo-a de honra. […]

Jamais rei algum, certamente, permitiria a um ladrão ou a outro de seus súbditos sentar-se a seu lado ao entrar soberanamente na cidade de seu reino. Mas Cristo fê-lo: ao entrar na sua santa pátria, introduz nela consigo um ladrão. Ao agir deste modo […], Ele não a desonra com a presença de um ladrão; bem pelo contrário, honra o Paraíso, porque é uma glória para o Paraíso que o seu Senhor torne um ladrão digno das delícias que ali se saboreiam. De igual modo, quando faz entrar os cobradores de impostos e as meretrizes no Reino dos céus (Mt 21,31) […], fá-lo para glória desse lugar santo, assim mostrando que o Senhor do Reino dos céus é tão grande, que pode restituir toda a dignidade às meretrizes e aos cobradores de impostos, de maneira que estes se tornam merecedores de tal honra e de tal dom. Admiramos um médico por o vermos curar homens que padecem de doenças consideradas incuráveis. É portanto justo admirarmos a Cristo […] por O vermos restabelecer cobradores de impostos e meretrizes numa tal santidade espiritual, que se tornam dignos do céu.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja.
Homilia 1 sobre a cruz e o ladrão, para Sexta-feira Santa, 2; PG 49, 401.

sábado, 16 de novembro de 2013

Orar sempre, sem desfalecer


"Como é grande o poder da oração! Dir-se-ia uma rainha que tem livre acesso junto do rei a cada instante, e que pode obter tudo quanto pede. Para ser ouvida, não é de modo nenhum necessário ler num livro uma bela fórmula composta para aquela circunstância; se assim fosse, pobre de mim! como seria digna de compaixão! Fora do Ofício Divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça. Há tantas, e todas tão belas, tanto umas como as outras… Não podendo recitá-las todas, e não sabendo qual escolher, faço como as crianças que não sabem ler: digo muito simplesmente a Deus o que Lhe quero dizer, sem compor belas frases, Ele compreende-me sempre.

Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o Céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria; enfim, é algo de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus."


Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)
Carmelita, Doutora da Igreja 
Manuscrito autobiográfico C, p. 25 rº/vº (ed. Carmelo, 1996)

Fonte: Arautos do Evangelho 


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Em qualquer perigo, podemos obter a salvação da Virgem gloriosa

Já é maravilhoso para os santos, poder receber uma graça que santifica a alma; mas a graça recebida pela alma da Virgem fez-se tão exuberante que manou até a sua carne, para que, desta carne Maria concebesse o Filho de Deus...

E a graça de Maria foi tão fecunda e abundante que manou sobre toda a humanidade. O fato que um santo possua graça suficiente para a salvação de muitos, não é algo grandioso?

Mas, possuir o suficiente da graça para satisfazer a salvação de todos os homens deste mundo... Eis a mais surpreendente das maravilhas. Este é o caso de Cristo, e é também o da bem-aventurada Virgem; pois, em qualquer situação de perigo, podemos obter a salvação da Virgem gloriosa.

São Tomás de Aquino
Super salut. angelic., trad. Synave, Vida de Jesus, vol. I, trad. da Summa Theologica, de la Revue des Jeunes, 1927


UM MINUTO COM MARIA

terça-feira, 12 de novembro de 2013

12 de novembro de 1948: O que vos peço aqui é o mesmo que pedi em Fátima

No santuário de Lipa, nas Filipinas, houve uma manifestação da Virgem Maria, em 1948, acompanhada por intensa chuva de pétalas de rosa.


Às 17 horas da tarde do dia 12 de setembro de 1948, Irmã Teresita Castillo, noviça no Carmelo de Lipa, fazia sua lida nos jardins do Convento da comunidade carmelita, quando ouviu uma voz que a chamava, vinda de dentro de pequena nuvem branca entre raios coloridos. (...) Teresita viu a Virgem Maria que lhe pediu que cada irmã do Convento lhe fosse consagrada, segundo São Luís Maria Grignion de Montfort.



No domingo, 26 de setembro de 1948, Nossa Senhora repetiu o pedido que fizera (...) “Não se esqueça de consagrar-se a mim no dia 7 de outubro. (...) Eu sou Maria, Medianeira de todas as graças.” No dia 3 de outubro, seguinte, uma "chuva de pétalas de rosa", divinamente perfumadas, começou a cair em quantidade muito grande. Centenas de pessoas recolhiam as odorosas pétalas.



12 de novembro de 1948, sexta-feira. Após a santa Missa, Teresita viu a Virgem Maria que lhe deixou esta mensagem: "Rezai muito, minhas filhas, por causa das perseguições. Rezai pelos sacerdotes. O que vos peço aqui é o mesmo que pedi em Fátima. Fazei penitência por aqueles que não creem. Esta é a minha última aparição neste lugar."



Em 6 de dezembro de 1948, Monsenhor A. Verzosa, Bispo de Lipa, abençoou o local das aparições, nomeou uma comissão de inquérito e declarou que a Virgem Maria era a fonte da "chuva de pétalas de rosas".

Fonte: UM MINUTO COM MARIA
http://www.mariedenazareth.com/10318.0.html?&L=0

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Como a Igreja Copta venera e honra a Virgem Maria

 
 
No que diz respeito à "escatologia mariana", quer dizer, tudo o que diz respeito ao fim da vida terrena de Maria e à sua vida celeste, os Coptas acreditam que Maria tenha morrido no dia 21 Tubah (fim de janeiro) e que, como seu Filho, seu corpo não tenha sofrido a corrupção.
 
Depois de 206 dias, e pela ação do Filho, o corpo de Maria se reuniu à sua alma e foi levado ao paraíso, onde Maria triunfa junto ao trono de Deus, com um grau de glória que excede tudo o que o nosso entendimento possa conceber. Maria é a verdadeira rainha, junto ao trono de seu Filho e seu reino é um reino de misericórdia.
 
A Igreja Copta ficou muito surpresa com o fato de que a Igreja Católica Romana tenha definido um dogma, em 1950, apenas, quando, para ela, esta é uma verdade de fé reconhecida desde a antiguidade.
 
Bispo George Gharib, Pontifícia Faculdade Teológica "Marianum" Roma 2000-2001.
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

USEMOS AS COISAS TEMPORAIS, MAS DESEJEMOS AS ETERNAS

No mundo, mas não do mundo
 
Desejaria exortar-vos a deixar tudo, mas não me atrevo. Se não podeis deixar as coisas do mundo, fazei uso delas de tal modo que não vos prendam a ele, possuindo os bens terrenos sem deixar que vos possuam. Tudo o que possuís esteja sob o domínio do vosso espírito, para que não fiqueis presos pelo amor das coisas terenas, sendo por elas dominados.
Usemos as coisas temporais, mas desejemos as eternas. As coisas temporais sejam simples ajuda para a caminhada, mas as eternas, o termo do vosso peregrinar. Tudo o que se passa neste mundo seja considerado como acessório. Que o olhar do nosso espírito se volte para frente, fixando-nos firmemente nos bens futuros que esperamos alcançar.
Extirpemos radicalmente os vícios, não só das nossas ações mas também dos pensamentos. Que o prazer da carne, o ardor da cobiça e o fogo da ambição não nos afastem da Ceia do Senhor!
Até as coisas boas que realizamos no mundo, não nos apeguemos a elas, de modo que as coisas agradáveis sirvam ao nosso corpo sem prejudicar o nosso coração.
Por isso, irmãos, não ousamos dizer-vos que deixeis tudo. Entretanto, se o quiserdes, mesmo possuindo-as, deixareis todas as coisas se tiverdes o coração voltado para o alto. Pois quem põe a serviço da vida todas as coisas necessárias, sem ser por elas dominado, usa do mundo como se dele não usasse. Tais coisas estão ao seu serviço, mas sem perturbar o propósito de quem aspira às do alto.
Os que assim procedem têm à sua disposição tudo o que é terreno, não como objeto de sua ambição, mas de sua utilidade. Por conseguinte, nada detenha o desejo do vosso espírito, nenhuma afeição vos prenda a este mundo.
Se amarmos o que é bom, deleite-se o nosso espírito com bens ainda melhores, isto é, os bens celestes. Se tememos o mal, ponhamos diante dos olhos os males eternos. Desse modo, contemplando na eternidade o que mais devemos amar e o que mais devemos temer, não nos deixaremos prender ao que existe na terra.
Para assim procedermos, contamos com o auxílio do Mediador entre Deus e os homens. Por meio dele logo obteremos tudo, se amarmos realmente aquele que, sendo Deus, vive e reina com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

 Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa (século V)
fonte: TESOUROS DA IGREJA

QUEM ME LIBERTARÁ DESTE CORPO DE MORTE?

Pois eu tenho capacidade de querer o bem, mas não de realizá-lo


Irmãos: 18Estou ciente que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois eu tenho capacidade de querer o bem, mas não de realizá-lo. 19Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. 20Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. 21Portanto, descubro em mim esta lei: Quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. 22Como homem interior ponho toda a minha satisfação na lei de Deus; 23mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei da minha razão e me aprisiona na lei do pecado, essa lei que está em meus membros. 24Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? 25aGraças sejam dadas a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos 7, 18-25