TRATADO DO PURGATÓRIO
de
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Santa Catarina de Gênes - 1447-1510 |
Parte 2. Felicidade das almas do purgatório ; sua crescente visão de Deus, a razão da ferrugem
Não creio que se possa encontrar um contentamento comparável àquele de uma alma do purgatório, na excepção daquele dos santos do paraíso. Cada dia este contentamento acresce nestas almas pela acção de Deus, acção que vai crescendo como vai consumindo-se contrariando esta acção divina . Este impedimento é a ferrugem do pecado.
[A ferrugem não é um resto do pecado que ficou, nem uma má inclinação da vontade que seria o efeito dos pecados na alma, que cometeu durante a sua vida terrena ; sendo a nódoa da alma, uma falta de perfeição, na sequência dos pecados de outrora, cuja a vontade, no momento da morte, desligou-se totalmente .]
O fogo consome progressivamente esta ferrugem e assim a alma se desvenda cada vez mais sobre a influxo divino.
Do mesmo modo quando se tapa um objecto, já não consegue corresponder ao resplendor do raio solar, não porque o sol seja insuficiente, ele que continua a brilhar, mas por impedimento daquilo que tapa o objecto. Venha a diminuir o obstáculo que o objecto se desvenda pela acção do sol ; ele aumentará á medida que o obstáculo diminui.
Assim a ferrugem do pecado é aquilo que encobre a alma.
No purgatório esta ferrugem é consumada pelo fogo. Mais ela se consome, mais a alma se expõe ao verdadeiro sol, a Deus. A sua felicidade aumenta à medida que a ferrugem desaparece e que a alma se expõe ao raio divino. Assim uma aumente e a outra diminui até que o tempo finalize. Não é o sofrimento que a diminui, mas apenas o tempo de ficar nesta agonia.
Quando à vontade, estas almas nunca podem dizer que estas penas sejam penas, tanto elas estão satisfeitas da vontade divina ás quais suas vontades estão unidas por pura caridade.
Traduçao nossa do francês do Tratado do Purgatório
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