JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

sábado, 23 de novembro de 2013

«Quando estiveres no teu Reino»
Abriu-se hoje para nós o paraíso, fechado há milhares de anos; neste dia, nesta hora, Deus introduziu nele o ladrão. Realizou assim duas maravilhas: abriu-nos o paraíso e fez entrar nele um ladrão. Hoje, Deus devolveu-nos a nossa velha pátria; hoje, conduziu-nos à cidade de nossos pais; hoje, abriu uma morada comum a toda a humanidade. «Hoje estarás comigo no Paraíso.» Que dizes, Senhor? Estás crucificado, cravado de pregos, e prometes o Paraíso? Sim, diz Ele, para que, pela cruz, conheças o meu poder. […
Não foi por ressuscitar um morto, por dominar o mar e o vento nem por expulsar os demónios que Ele conseguiu transformar a alma pecadora do ladrão, mas por ter sido crucificado, preso com pregos, coberto de insultos, de escarros, de troças e de ultrajes, para que visses os dois aspectos do seu poder soberano. Ele fez tremer toda a criação e fendeu os rochedos (Mt 27,51); e atraiu a Si a alma do ladrão, mais dura do que a pedra, revestindo-a de honra. […]

Jamais rei algum, certamente, permitiria a um ladrão ou a outro de seus súbditos sentar-se a seu lado ao entrar soberanamente na cidade de seu reino. Mas Cristo fê-lo: ao entrar na sua santa pátria, introduz nela consigo um ladrão. Ao agir deste modo […], Ele não a desonra com a presença de um ladrão; bem pelo contrário, honra o Paraíso, porque é uma glória para o Paraíso que o seu Senhor torne um ladrão digno das delícias que ali se saboreiam. De igual modo, quando faz entrar os cobradores de impostos e as meretrizes no Reino dos céus (Mt 21,31) […], fá-lo para glória desse lugar santo, assim mostrando que o Senhor do Reino dos céus é tão grande, que pode restituir toda a dignidade às meretrizes e aos cobradores de impostos, de maneira que estes se tornam merecedores de tal honra e de tal dom. Admiramos um médico por o vermos curar homens que padecem de doenças consideradas incuráveis. É portanto justo admirarmos a Cristo […] por O vermos restabelecer cobradores de impostos e meretrizes numa tal santidade espiritual, que se tornam dignos do céu.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja.
Homilia 1 sobre a cruz e o ladrão, para Sexta-feira Santa, 2; PG 49, 401.

Sem comentários:

Enviar um comentário