JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

domingo, 6 de outubro de 2013

A GRAÇA É UMA PARTICIPAÇÃO DA NATUREZA DIVINA INCRIADA

       

(continuação de trechos do livro de  Matthias Joseph Scheeben :retiradas  do seu magnífico livro intitulado                                                          "As Maravilhas da Graça Divina")


         O homem é, pela graça, elevado acima da natureza criada. Ainda mais, torna-se participante da natureza incriada de Deus . Ou melhor, ergue-se a tanto pelo influxo desta união tão intima e desta participação dos privilégios divinos. Quanto mais se aproxima do fogo um corpo, tanto mais luz e calor receberá ele. 
          Escreve S. Pedro: as promessas, grandes e preciosas, que Deus nos fizera em Jesus Cristo, devem tornar-nos participantes da natureza divina (2 Ped 1. 4); isto é, os privilégios divinos vêm na medida do possível a ser participados por nossa natureza. Fundados no mencionado texto, ensinam-nos unanimemente os Padres esta união com Deus.
         Sentiam-se os Santos incapazes de expressar, como quereriam, a excelsitude deste dom. S. Dionísio escreve: " A santidade ou a graça santificante é um bem divino, uma inefável imitação da divindade e da bondade (Dionísio Areopagita. Epist. 2 ad. Caiam), em razão da qual, por um sobre-humano nascimento, ocupamos uma ordem divina (Id, Eccles. hier., c.2). Diz S. Máximo Mártir: "Dá-se-nos a divindade quando penetra a graça á nossa natureza com a sua luz celestial, e quando, pela glória, esta mesma graça nos eleva acima de si própria (Div. capita ad theol. spect., 1,76). Ensinam-nos estes teólogos e a maioria dos outros Padres, com S. Tomás (S. Th. I-II. q.110.a 3,4; q.114.a.3; III, q.3,a 4 ad 3), que a graça, por assim dizer, nos diviniza. Tal o sentido que atribuem a estas palavras do Salvador: Disse: sois deuses e filhos do Altíssimo (Jo 10, 34 - Sl 81,6). Em uma palavra, transporta-nos a graça até ao trono que somente Deus ocupa por sua natureza.
         Quanto nos detemos por entre a variedade das criaturas, vemos diferenciar-se cada qual por sua natureza: mais perfeitas umas que as outras, formam todas em conjunto uma escala harmonicamente graduada, em cujo termo, somente Deus ocupa um lugar transcendente. Há corpos que existem, mas que não possuam vida: são as pedras e os metais; outros há que têm certa vida: são as plantas, desenvolvendo-se por si mesmas graças a suas raízes, e produzindo flores e frutos; os animais gozam, além disto, de sensibilidade e movimento; e finalmente o homem, dotado de razão; mediante ela, pode ele conhecer e  amar seres destituídos de corpo. Acima do homem encontra-se a série incontável dos puros espíritos, invisíveis ao nosso olhar, possuindo cada um deles sua própria perfeição. Em um ponto infinitamente mais elevado, coloca-se a natureza divina; criatura alguma se lhe assemelha em espiritualidade; nenhuma delas dispõe, em si, de capacidade para contemplar a Deus tal qual é, nem de nele submergir-se pelo amor. Comparadas com o sol divino não passam de trevas as outras naturezas, incapazes mesmo de refletir naturalmente a perfeição divina. Esta natureza divina, pelo infinito poder de sua caridade, atrai a nossa, adota-a em seu seio, pela graça, submergindo-a em si, como no forno se submerge o ferro. Pertencermos, então, à raça, de Deus, como a palmeira ao reino vegetal e o leão ao animal.

(continua...)
          

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