JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

sábado, 5 de outubro de 2013

AS MARAVILHAS DA GRAÇA DIVINA

      Ouve-se constantemente expressões como "Graças a DEUS", mas poucos sabem o seu verdadeiro sentido e tudo que derivam delas!
       Durante algumas semanas explicar-vos-ei o seu significado e o que são estas as graças de DEUS, com as explicações de  Matthias Joseph Scheeben :retiradas  do seu magnífico livro intitulado "As Maravilhas da Graça Divina", encontrado por casualidade numa traduçao em lingua portuguesa, por P. Dinarte Duarte Passos, C. M. e editado em 1952 pela Editora Vozes, Ltda. Petrolis.
Eis alguns trechos:        

A ESSÊNCIA DA GRAÇA

Livro Primeiro
LAMENTÁVEL DESPREZO DOS HOMENS PARA COM A GRAÇA

        A graça de Deus - objeto deste livro- é um clarão da bondade divina que, vindo do céu à alma , enche-a , até ás profundezas , de uma luz, a um tempo tão suave e poderoso que encanta ela o próprio olhar de Deus; transforma-se em objeto de seu amor e se vê adofada como esposa e filha de sua natureza...

        Ensina o Anjo da Escola que o mundo inteiro, com tudo que contém, vale menos aos olhos divinos que um só homem em estado de graça (São Tomás, Sum. Theol. I-II, q.113). Vai mais longe Santo Agostinho e afirma  que o céu e todos os coros dos  anjos não lhe podem comparar. Deveria o homem sentir-se mais reconhecido a Deus pela menor graça do que se recebesse a perfeição dos espíritos puros ou o domínio dos mundos celestes. Como não sobrepujaria então a graça a todos os bens da terra?
       Entretanto, a ela preferimos qualquer um destes bens, trocámos-la - sacrilégio horrendo! pelos mais abomináveis; brincamos com ela, dela zombamos.
       Não se envergonham os homens de sacrificar esta plenitude de bens, que Deus nos oferece juntamente consigo. E tudo isto, por não se privarem de um olhar impuro! Mais insensatos que Esaú, vendem sua herança pelo miserável prazer de um instante: Ela que sobrepujava em valor ao mundo tudo!
       Assombrai-vos, ó céu! Portas do empireo, declarai-vos em luto!
      Quem seria tão temerário e insensato que, para proporcionar-se um passageiro deleito, faria desaparecer o sol do mundo, decretaria a queda das estrelas e introduziria a confusão em todos os elementos? Quem ousaria sacrificar todo o mundo a um capricho, a uma ambição? Que é a perda do mundo em comparação com a perda da graça? E pensar que isto se pratica com tanta facilidade e frequência! E isto se dá, já não digo diariamente, e, sim, a cada instante e com muitíssimos homens! Quantos se esforçam por impedí-lo já em si, já nos outros? Quantos os que se entristecem e se lamentam por isto?
      Estremecemos quando obscurece o sol por um momento, quando o terramoto devasta uma cidade, quando uma epidemia ceifa homens e animais. E entretanto, algo de imensamente mais terrível e mais triste repete-se cada dia sem nos comovermos: o fato de perderem tantos homens continuamente a graça de DEUS, e desprezarem as mais favoráveis ocasiões de alcançá-la e aumentá-la... 
      Nunca será suficientemente intenso nosso pranto, se chegarmos a destruir em nossa alma o paraíso da graça. Neste casocom efeito, perdemos o reflexo da natureza divina; privamo-nos da rainha das virtudes, a caridade, com todos os seus efeitos sobrenaturais; expulsamos de nós os dons  do Espírito Santo e a este hóspede celeste; repelimos nossa filiação divina, as vantagens da amizade de Deus, os direitos a sua herança, o fruto dos sacramentos e de nossos méritos; em uma palavra, desprezamos a Deus, o céu, a graça com todas os seus tesouros...

a continuar...
       

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