Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim". (1 Coríntios 11, 23-25)
A Sagrada Escritura não o diz, mas não há dúvida de que a Mãe de Deus estava presente naquele excelso momento.
Certamente, ela chegou a Jerusalém, como sempre fazia, para a festa da Páscoa e celebrou a ceia pascal com todo o grupo que seguia a Jesus. Ela que guardava todas as palavras de Jesus em seu coração – com que emoção e sofrimento não deveria ter acolhido em seu âmago, o discurso de despedida, de adeus, de seu Filho?... "Desejei ardentemente celebrar esta páscoa convosco antes de sofrer." (Lc 22, 15)
Será que naquele momento, ela não estava se lembrando das bodas, em Caná (1)? Agora, finalmente, sua hora tinha chegado. Chegara o momento em que Ele podia oferecer o que, antes, Ele pode sugerir, apenas como um símbolo.
O lava-pés: Ele estava entre os discípulos como aquele que serve (cf. Jo 13). Maria sempre o acompanhara e era testemunha dessa constante entrega de seu Filho Jesus. Ela vivera cada momento junto ao Filho e continuaria a viver. Ela compreendeu o significado místico do lava-pés (cf. Jo 13, 2-11): aquele que se aproxima da santa Ceia deve estar completamente puro. Mas somente Sua graça pode oferecer esta pureza.
(1) Cf. Jo 2, 1-12. Observe o versículo 4: "Minha hora ainda não chegou".
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