estava lá, junto à Cruz,
banhada com o sangue das cinco grandes chagas.
Como estava longe o tempo em que ela havia ouvido a saudação celeste,
onde as palavras do Céu haviam-na exaltado, arrebatado, enchendo-a de contentamento.
Cheia de alegria, ela havia, então, acolhido o Salvador,
na criança que ela dera à luz, para o mundo.
Seu tesouro, durante muito tempo, ela o levara consigo,
o Filho estendia os braços para a sua Mãe.
Agora, estendido na cruz, Ele derramou o seu sangue para o mundo.
Ele o derramou por nós, para nós, seres rejeitados, em direção ao abismo.
Agora, transpassado pela ponta acerada
do gládio, da espada, a mais molesta das tristezas, Ela soluçava,
pois seu Filho, o mestre dos mundos,
Ela o via... Preso por pregos pontiagudos,
as mãos dilaceradas por ganchos aguçados.
Filho e Mãe, os dois, unidos, foram feridos,
os dois, unidos, suportaram, padeceram nossas angústias.
(...)
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