JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A ESCADA PARA O CÉU (2.ª parte)

OUTRAS VIRTUDES DA OBEDIÊNCIA


No meio dos respeitáveis monges, eu vi acontecimentos que podem também vos ser úteis e cheios de admiração: por exemplo, reparai uma comunidade de monges, formada pelo Espírito Santo, e fortalecida pela mais perfeita caridade. Eles tinham em comunhão, o que há de mais excelente, seja na acção, seja na contemplação, eles dedicavam-se com tanto fervor nos seus exercícios de vida religiosa, que eles quase não precisavam dos avisos e conselhos do superior: tanto eles exerciam-se uns aos outros com fervor, numa diligência quase divina. Eles tinham acertado, regulado e determinado certas práticas de piedade, todas individuais, como por exemplo, em caso de ausência do padre, a caso acontecesse que algum deles, falasse de um outro de forma pouco conveniente, ou de o condenar por um julgamento sem fundamento, ou de dizer algumas palavras inúteis, de seguido um irmão, por um sinal secreto, o advertia da sua falta, encaminhando-o para o seu dever; e caso o monge parecesse não entender, ou por não reconhecer o sinal referido, então aquele que o advertia, devia prostrar-se e retirar-se. Nos momentos de recreio, o pensamento sobre a morte e do julgamento era o tema ordinário e habitual de suas conversas.

Impossível de não falar-vos da rara e singular virtude do irmão que estava encarregado de preparar as refeições. Como nas ocupações tumultuosas ao seu cargo eu via-o dum recolhimento  admirável, e ensopado em lágrimas, então supliquei-lhe de não tomar a mal que lhe perguntasse de que forma ele tinha obtido de Deus um tão grande favor. Vencido pela minha insistência continuada, ele deu-me esta resposta: " É, diz-me-ele, porque na minha tarefa, nunca servi os homens, mas Deus ele-mesmo, que me tenho julgado indigno de qualquer descanso, e de toda tranquilidade, e vendo sempre na minha frente o fogo material, vista esta que me recorda sem cessar a lembrança das chamas eternas." 

Considerando ainda uma outra prática de piedade não menos rara nem menos admirável. À mesa, estes fervorosos monges não interrompiam suas santas meditações e por signos particulares, eles advertiam-se uns aos outros de permanecer o espírito na oração e meditação; esta prática era habitual, e não só à mesa, mas todas as vezes que se encontravam, ou se reuniam.

A caridade de uns pelos outros era admirável, porque, se acontecia a qualquer um deles de cometer qualquer falta, ou qualquer omissão, os outros iam ter com ele para lhe pedir com insistência de descarregar sobre ele a dor ou a pena e assim dar conta ao superior desta fraqueza, e de receber ele mesmo a repreensão e o castigo. Daí que o padre reconhecia bem quais eram os sentimentos de caridade que reinava dentro dos corações de seus monges, e que, não podendo ignorar que o culpado não estava no meio daqueles que se apresentavam perante ele. Ele os repreendia com menos severidade e castigava-os com menos rigor, sem se dar ao trabalho , de procurar conhecer qual foi aquele que cometeu a falta.

A Escada Santa - de São João Climaco
Tradução própria
Fonte: http://livres-mystiques.com


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