JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Toda virtude e todo defeito desenvolve-se por meio do próximo

1.- Eu quero que saibas que toda virtude e todo defeito desenvolve-se por meio do próximo.
Aquele que está na minha desgraça prejudica ao próximo e a si-mesmo, que é seu principal próximo. Esta falta é geral e particular; ela é geral porque estais obrigados de amar vosso próximo como a vós mesmos, e ao amar-lo, deveis ser-lhe útil espiritualmente pelas vossas orações e vossas palavras; deveis o aconselhar e o ajudar na sua alma e no seu corpo, segundo as necessidades dele, pelo menos no desejo se não podeis fazer de outra forma.
2.- Aquele que não me ama, não ama o seu próximo, e não o amando não lhe pode ser útil. Ele prejudica-se, porque se priva da graça; ele prejudica seu próximo, porque se priva das orações e de santos desejos que me deveria oferecer e em que a fonte é o meu amor e a honra do meu nome.
3.- Assim todo o mal vem da oportunidade do, próximo que não se ama, desde que não me amais; e quando já não dispomos desta dupla caridade, fazemos o mal porque já não fazemos o bem. A quem fazemos o mal, senão a nos mesmos ou ao próximo? Não é a mim, porque o mal não me atingiria, e não olho o que me foi feito a mim, mas aquele que é feito aos outros.
4.- Fazendo o mal contra si-mesmo, porque privando-se da minha graça, não podemos, por conseguinte, prejudicar-nos mais de que isso. Fazendo o mal contra o próximo  porque não lhe damos o que lhe é devido em nome do amor, e que não me ofereçais por ele as preces  e santos desejos de caridade.
 5.- Aqui está  uma dívida geral contra toda criatura dotada de razão; mas ela é mais sagrada ao olhar de todos aqueles que vos envolvem porque estais obrigados de vos sustentar uns aos outros pelas vossas palavras e vossos bons exemplos, procurando em todas as coisas na utilidade do vossos próximo, como daquelas da vossa alma, sem paixão e sem interesse. Aquele que não agir assim falta de caridade fraterna, e faz portanto mal ao seu proximo; não só lhe faz mal por não lhe fazer bem, mas ainda ao levar-le para o mal.
6.- O pecado atual ou mental do homem: é cometido mentalmente, quando se delicia um pensamento de pecado, e quando se detesta a virtude por um efeito de amor sensitivo, que destrói a caridade que devemos ter por mim e pelo próximo. A partir do momento que concebemos assim o pecado, procriamos contra o próximo de diversas maneiras, segundo a perversidade da vontade sensitiva. É por vezes uma crueldade espiritual e corporal: (10) ela é espiritual, quando se vê ou quando vemos as criaturas em perigo de morte e de condenação pela perda da graça, e que somos bastante cruel por não socorrer ao amor da virtude e ao ódio do vício.
7.- Por vezes aumentamos esta crueldade ao comunicar aos outros: não apenas, por não dar o exemplo da virtude, mas fazendo o ofício do demónio, ao retirar o mais que poder a virtude , dos outros, e levando-os ao vício. Que maior crueldade pode-se exercer contra uma  alma, que de lhe retirar assim a vida da graça e de lhe dar a morte eterna? A crueldade contra o corpo tem a sua fonte na ganância. Não só negligenciamos a assistência do próximo, mas mais ainda lhe despojamos até sua pobreza, seja pela força, seja pela fraude, fazendo-lhe resgatar  seu bem e sua vida.
8.- Ó crueldade insensível, pela qual, eu serei sem misericórdia, se ela não for remida pela compaixão e bondade pelo próximo! Ela concebe palavras que seguem quase sempre a violência e o crime, ou das impurezas que mancham e mudam os outros, como gritos de animais imundos; e não são apenas uma ou duas pessoas, que são infetadas, mas todos aqueles que frequentam e se aproximam deste cruel corruptor.
9.- Que não conceba também o orgulho, tão avido de reputação e de honras! Despreza o próximo, elevando-se acima dele fazendo-lhe injurias. Se a sua posição social for superior, comete-se a injustiça, tornando-se até num carrasco.
10.- O minha filha, gemeis sobre todas estas ofensas e chorai sobre todas estas mortes, afim de que as tuas preces os ressuscitem  Vês quando e como os homens cometem o pecado contra a próximo e pelo seu meio. Sem o próximo, não existiria pecados secretos ou públicos.  O pecado secreto, vem de não o assistir quando o deveríamos fazer; o pecado público, é esta geração de vícios que acabo de falar. É portanto verdade que todas as ofensas são sempre feitas por meio do próximo.(11).

Diáologo de Sainte Catherine de Sienne et Oraisons - Capitulo VI 
Tradução própia

Sem comentários:

Enviar um comentário