Durante todo o dia fui atormentada por terríveis tentações, blasfémias que me vinham à boca, aversão a tudo o que era santo e divino. Contudo, lutei o dia inteiro e, à noite, começou a apoderar-se da minha mente <esta ideia fixa>:" para quê falar disto ao confessor? Ele até vai rir-se." Uma espécie de aversão e desânimo dominou a minha alma e parecia-me que, nesse estado, de forma alguma poderia receber a Sagrada Comunhão. Quando pensei que não devia comungar, uma dor tão lancinante atingiu a alma e de tal maneira que, por pouco, não gritei na capela. Dei-me, entretanto, conta de que as Irmãs estavam ali e resolvi ir para o jardim e esconder-me, para ao menos poder chorar alto.
(D.673)
Sem comentários:
Enviar um comentário