JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PROVAÇÕES DIVINAS


          O amor da alma <para com Deus> não é ainda tal como Deus exige.
  Repentinamente a alma perde a percepção da Presença de Deus. Surgem nela diversos erros e defeitos contra os quais deve travar uma luta renhida. Todas as suas faltas se avivam, apesar da sua vigilância ser grande. A antiga Presença de Deus é substituída pela tibieza e aridez espiritual; a alma já não sente gosto nos exercícios espirituais, não consegue rezar como antes, nem sequer como orava ultimamente. Volta-se para todos os lados sem encontrar satisfação. Deus escondeu-se-lhe e ela não encontra conforto nas criaturas, nem nenhuma delas a consegue consolar. A alma deseja ardentemente a Deus mas vê a sua miséria e começa a sentir a justiça divina. Parece-lhe ter perdido todos os dons de Deus, a sua mente encontra-se como que obscurecida, as trevas invadem-na num tormento indizível. A alma procura explicar o seu próprio estado ao confessor porém sem ser compreendida. Então, assaltam-na inquietações ainda maiores. Satã inicia a sua trama.
            A fé fica exposta ao fogo, a luta é feroz, a alma faz esforço e tenta por um acto de vontade permanecer em Deus. Mas, com permissão de Deus, (o próprio) Satã avança ainda mais: mesmo a esperança e o amor são provados. São terríveis essas tentações. Dir-se-ia que Deus apenas sustém a alma em segredo, - não tendo ela disso consciência-, pois, de outra forma, não conseguiria resistir. E Deus sabe bem o que pode permitir para a provar. Se a alma (tem) a tentação de descrença nas verdades reveladas e <também> de falta de sinceridade diante do confessor, logo Satã lhe diz:"Olha, ninguém te compreenderá, para quê falar de tudo isso?" Ressoam-lhe aos ouvidos palavras que a aterrorizam, parecendo-lhe que as pronuncia contra Deus. Vê o que gostaria de não ver; ouve o que não quereria ouvir. E é terrível, em momento como estes, não ter um confessor experiente. É sozinha que a alma carrega todo o peso, entretanto, na medida das suas forças, essa alma deveria procurar um lúcido confessor, não vá cair sob esse fardo, e, como costuma acontecer, mesmo à beira do precipício!
           Todas essas provações são pesadas e difíceis. Porém, Deus não permite que atinjam uma alma que não haja sido previamente admitida a uma mais profunda convivência com Ele e que não tenha experimentado as doçuras do Senhor. Além disso, Deus, lá tem os Seus desígnios, para nós insondáveis. Muitas vezes é assim que Deus prepara a alma para futuros projectos e grandes obras. E quer experimentá-la, como se examina o ouro puro, mas mesmo assim, não constitui o fim da prova. Existe ainda a provação das provações - ou seja, o completo abandono por parte de Deus.
(D.97)

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