Satã incomodou a Irmã Faustina especialmente quando esta passava pelas provas da fé, logo no início da sua estadia no convento, provocando no seu coração muitas dúvidas sobre a existência de Deus. Através da imaginação, tentou convencê-la de que a voz divina que ouvia no seu coração era apenas uma ilusão e que devia esquecer-se de todas as visões e ordens de Jesus Misericordioso o mais depressa possível. Atuou através de pensamentos insistentes, tocando a fé, a esperança e a caridade:
"Satã inicia a sua trama. A fé vacila perante o ímpeto, a luta é feroz, a alma faz esforços e tenta por um ato de vontade permanecer em Deus. Mas, com permissão de Deus, Satã avança ainda mais: mesmo a esperança e o amor são aprovados. São terríveis essas tentações. Dir-se-ia que Deus apenas sustém a alma em segredos - não tendo ele disso consciência - pois de outra forma, não conseguiria resistir. E Deus sabe bem que pode permitir e provar. Se a alma sente as tentações da descrença nas verdades reveladas e da falta de sinceridade diante do confessor, logo Satã lhe diz: Olha, ninguém te compreenderá, para quê falar de tudo isso? Ressoam-lhe aos ouvidos palavras que o aterrorizam, parecendo-lhe que as pronuncia contra Deus. Vê o que gostaria de não ver; ouve o que não quereria ouvir. E é terrível, em momentos como estes, não ter um confessor experiente" (D.97)
Atuando através da imaginação, o diabo tentou menosprezar a sua assiduidade e ridicularizar todas as mortificações suportadas pela Irmã Faustina por amor a Cristo. Da mesma forma, tentou ridicularizar a fidelidade para com a Regra. As dúvidas que ela sentia quase faziam explodir a sua cabeça, tornando-se num pesadelo espiritual....
Retirado do livro, "Retiro com Santa Faustina" do Pe João Machniak - Edições MIC - Fátima, 2005 - pg127.
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