O AMOR AO SACRIFÍCIO
" Hoje o amor de Deus transporta-me para o Além. Estou toda imersa na Sua dileção; amo e sinto que sou amada, experimentando isto em plena consciência. A minha alma abisma-se no Senhor, compreendendo a grandiosa Majestade de Deus e também a pequenez própria. Mas esse mesmo conhecimento aumenta a minha felicidade... Esta consciência é tão vívida na alma, tão poderosa e, ao mesmo tempo, tão doce." (D.77)
A Irmã Faustina conheceu o amor de Deus desde os seus primeiros anos de vida; conheceu Cristo no amor de seus pais, na oração e na Sagrada Comunhão. Sempre gostou de estar na igreja, de participar nas devoções eucarísticas, de cantar as canções em casa e ao pé da capelinha. No convento descobriu a beleza da vida oferecida em pleno a Deus. Queria pertencer apenas a Jesus, amá-Lo exclusiva e completamente, independentemente do preço a pagar. Deus aceitou o seu amor, expondo-a, primeiro, à provação da "noite da fé", como num forno em chamas. O sofrimento não assustou a Irmã Faustina que, com um desejo ainda maior, seguia Jesus que permitia que ela O conhecesse na Sua Paixão, desvendando-lhe o mistério da Misericórdia Divina. Deus enchia sucessivamente o seu coração da Sua presença amorosa, levando-a a "uma íntima proximidade".
Descobrindo Deus através da "cortina da fé", a Mística de Cracóvia procurou unir-se a Ele cumprindo a Sua Vontade e tendo Cristo como padrão. Ele ensinava à Sua aluna como aceitar o sofrimento e como oferecer a sua vida pelos pecadores. Jesus ensinava à Irmã Faustina o amor puro, que não tem inveja, não espera elogios nem confirmações, está sempre pronto a dar, a oferecer, a partilhar e a fazer sacrifícios. Lembrava-lhe que cada ato de amor a Deus e ao próximo a unia ao Criador e permitia-lhe participar na obra salvadora:
"Minha filha, que grande mérito e recompensa tem um só ato de puro amor por Mim, morrerias de alegria" (D.576)
Ela entendia o amor puro, em primeiro lugar, como fidelidade à regra e como cumprimento de todas as tarefas determinadas pelas superiores. A Irmã Faustina nunca se queixou de ter demasiado trabalho, de não poder descansar ou de não poder dedicar o tempo suficiente á oração. O trabalho duro , desempenhado no espírito do amor ao próximo, oferecia-o a Deus como quando se oferece uma prenda muito preciosa...
(ler o resto deste capítulo fascinante no livro: Retiro com Santa Faustina Kowalska - Edições MIC-2005)
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