Possa a Virgem Mãe de Deus fazer com que tenhamos um verdadeiro amor à Igreja!
Foi ela que, com seus rogos maternos "em Caná da Galileia" moveu o seu Unigênito a operar o admirável prodígio, pelo qual "creram nele os seus discípulos" (Jo 2,11). Foi ela, a Imaculada, isenta de toda a mancha original ou atual, e sempre intimamente unida ao Filho, que, como outra Eva, juntamente com o holocausto dos seus direitos maternos e do seu materno amor, o ofereceu no Gólgota ao Eterno Pai por todos os filhos de Adão, manchados pela sua queda miseranda; de modo que a que era fisicamente Mãe da nossa divina cabeça foi, com novo título de dor e de glória, feita espiritualmente Mãe de todos os seus membros.
Ela, finalmente, suportando com ânimo forte e confiante imensas dores, verdadeira Rainha dos mártires, mais que todos os fiéis, "completou o que falta à paixão de Cristo... pelo seu corpo que é a Igreja" (Cl 1,24), e assistiu o corpo místico de Cristo, nascido do Coração rasgado do Salvador, com o mesmo amor e solicitude materna com que amamentou e acalentou no berço o menino Deus.
Encíclica Mystici Corporis Christi. §106 (29 de junho de 1943)
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