Não é coisa fácil suportar, com alegria, os sofrimentos, especialmente os não merecidos. A natureza corrompida revolta-se, embora a vontade e a inteligência sejam superiores ao sofrimentos, porque estão em condições de fazer o bem àqueles mesmos que lhes causam dor. No entanto, o afecto <e as emoções> fazem muito ruído e, tal como espíritos inquietos, atacam a vontade e a inteligência. E é só, |quando| verificam que por si apenas nada podem, que então se acalmam e se submetem às potências do intelegir e do querer. Todavia é como um horrendo espantalho, que as emoções irrompem do interior e fazem grande estardalhaço, e é só querer ouvi-las, sempre que não estejam curvadas ao domínio da vontade e da inteligência!
(D.1152)
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