A Eucaristia desvenda mais um espeto da vida espiritual da Santa Faustina que, com tanta coragem e determinação, leva a mensagem da Misericórdia Divina ao mundo. No seu Diário, o momento do encontro com Jesus na Sagrada Comunhão ela considera-o o momento mais solene da sua vida. O momento a partir do qual as tarefas do dia começam a fazer sentido. Durante os dias cinzentos e no meio de sofrimento constantes, causados pela doença e pelas dificuldades espirituais, receber a Sagrada Comunhão era para ela como um raio de sal que lhe penetrava a sua alma trazendo alegria e esperança, enchendo o seu coração de um amor infinito.
A Irmã Faustina, tal como as outras Irmãs, tinha a obrigação de participar todos os dias na Santa Missa e nas devoções eucarísticas, que eram celebradas na capela. Portanto, a Eucaristia não era para ela uma graça extraordinária. Todos os dias, de manhã, o sino do convento chamava-a para as orações, após as quais era celebrada a Santa Missa. Assim estava organizada a vida religiosa antigamente e assim está hoje. É difícil, pois, ficar encantado com as situações em que algo é tão óbvio como um ponto da Regra, as Constituições religiosas ou o programa do dia a dia. Nesta monotonia quotidiana é difícil encontrar "o momento mais solene da vida". No modo como participava na Eucaristia, a Irmã Faustina desvenda-nos o segredo da sua santidade, que se concretizava nas tarefas do dia a dia: no quintal, na cozinha ou na portaria:
"O Jesus, existe ainda mais um segredo na minha vida - o mais profundo, mas também o mais querido ao meu coração - que sois Vós mesmo, quando sob a espécie do Pão, vindes ao meu coração. Aí está todo o segredo da minha santidade. É que o meu coração, unido com o Vosso, torna-se num só, e então já não existem nenhuns segredos, porque tudo o que é Vosso é meu, e tudo o que é meu, é Vosso" (D1489) ...
Continuar a leitura deste capítulo no livro, "Retiro com Santa Faustina" do Pe João Machniak - Edições MIC - Fátima, 2005 - pg33.
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