JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

terça-feira, 16 de julho de 2013

AINDA SOBRE A OBEDIÊNCIA...

Obediência

          Já consideramos antes a humildade e obediência. Ainda assim, é conveniente acrescentar algo mais a respeito. A Mãe Gabriela considerava a humildade de Maria, na fé como sua grande coroa: "Bem-aventurada aquela que acreditou" (Lc 01:45). Deus "olhou para a humildade da Sua serva" (Lc 01:48), e, confiante da bondade de Deus, ela respondeu  ao anjo: "Faça-se em mim segundo a Tua palavra" (Lc 1,38).
        Tanto na humildade e na obediência MARIA é o nosso modelo perfeito. A consciência e a aceitação da nossa humildade conduzem-nos a ser dóceis, receptivos, e agradecidos pela ajuda angélica. Ainda assim, a humildade não se refere apenas  a nossa pequenez e fragilidade, mas também às nossas virtudes. Neste contexto a Mãe Gabriela definia a humildade como "coragem para servir", e disponibilidade para colocar as nossas virtudes à disposição de DEUS e da Igreja. Esta disposição deve entender-se até à renúncia a nós mesmo, às nossas virtudes, de modo que estejamos prontos para servir no caminho de DEUS e segundo a vontade dos nossos superiores, não insistindo nas nossas próprias ideias,, na nossa própria maneira de trabalhar.
        Devido à hierarquia dos anjos, a obediência é evidente entre as suas fileiras. Mas ainda podemos indicar uma outra excelência: através da obediência podemos aprender todas as demais virtudes e podemos nos libertar mais rapidamente das nossas faltas. A Mãe de Gabriela observou que a obediência, depois do grande amor que o Senhor por nós, era a mais poderosa das Suas virtudes redentoras. A obediência identifica o Senhor na sua identidade como FILHO perante o PAI.
       A Mãe Gabriela viu a obediência como a chave para o rápido desenvolvimento de um profundo vínculo de comunhão com o Santo Anjo da Guarda. Mas sublinha-se que ela não estava a falar principalmente sobre uma obediência ao Santo Anjo, mas mais radicalmente ao próprio confessor e diretor espiritual. Ela escreveu: "As dificuldades ao longo do caminho para Deus surgem principalmente a partir da vontade própria, quando uma pessoa, em vez de escutar o seu Anjo (que ela poderia ouvir se realmente quisesse) escuta as próprias ideias, planos e desejos. Quando alguém se deixa orientar por DEUS (através do Anjo) e se sujeita em obediência a uma santo confessor, uma pequena "comunhão dos santos" florescerá diante dos olhos de DEUS [isto é, a alma vivendo em união com o seu Anjo da Guarda]" (cf. Comunhão dos Santos, pp. 12-13).
         Noutro momento ela explica ainda: "A obediência é uma preparação importante [para a união com o Anjo]. A alma deve estar acostumada a imediatamente submeter-se e apresentar-se em silêncio, com o amor e prontidão. Por este motivo, cada alma deve ter um bom confessor, mais prático do que santo, para poder percorrer este caminho. Quanto mais íngreme é o caminho sobre o qual o Senhor conduz uma alma, tanto melhor é ter um guia de montanha bom e prático, que possa muito sobriamente avaliar cada situação... Quando a alma tiver alcançado a certeza de que este é o confessor apropriado para o seu caminho, então ela terá que aprender a anulação de cada questionamento "por quê?" e saber que o nosso Senhor exige uma santa obediência, e que esta santa obediência começa somente onde a nossa visão humana chega ao fim. DEUS quer sempre a obediência da alma, quando o Confessor [ou o Diretor Espiritual] ou seus superiores exigir algo da alma que esteja em total harmonia com a Palavra de DEUS e da doutrina da Igreja, mas que seja contrário ao seu próprio gosto e desejos" (cf Comunhão dos Santos, pp. 53-54).
         Desta forma, exige-se uma tal obediência, capaz de ser a nossa única proteção contra os enganos do diabo, como já referimos.
           Na sua doutrina sobre a obediência, a Mãe Gabriela concorda perfeitamente com a doutrina dos santos. Como podemos observar nas seguintes palavras de Nossa Senhora a Santa Faustina: "Minha filha, eu desejo que mesmo nas menores coisas, tu confies no teu confessor. Não dês os teus maiores sacrifícios se os tiveres praticado sem a autorização do confessor. Por outro lado, o menor sacrifício encontra grande valor aos Meus olhos, se é feito com a permissão dele. As  maiores obras são inúteis aos Meus olhos se elas são fruto da vontade própria e, muitas vezes, elas não estão de acordo com a Minha vontade e merecem a punição em lugar de mérito. Por outro lado, mesmo o menor dos teus atos, feito com a autorização  do confessor é agradável aos Meus olhos e muito querido para Mim. Acredita firmemente nisto." (D. 639).
            Pe William Wagner, ORC - No boletim trimestral - Opus Angelorum - Junho 2013



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