JESUS, EU CONFIO EN VÓS

Somo Servos da Misericórdia Divina.

O que é extraordinário, nos textos e mensagens entre Jesus e a Irmã Faustina, é que em qualquer dos textos citados podemos identificar-nos com a Irmã Faustina, como se estas mensagens estejam diretamente dirigidas a cada um de nós. A alma que tem sede de Deus, e por ter procurado uma intimidade com Ele, mas sem saber como a alcançar, está agora em plena consciência, enquanto anteriormente não distinguia claramente a Sua voz, nem compreendia a Sua mensagem, a partir da leitura das declarações de Jesus e suas interpretações da Irmã Faustina, o véu abriu-se e agora tudo ficou transparente e nítido.

Estas mensagens, que nos foram dirigidas, ao longo de toda a nossa vida, ganharam sentido, ultrapassando a barreira do tempo e agora disponíveis e compreensíveis para todos aqueles que o desejam, em comunhão com os Santos e a Santa Igreja, pela graça da Misericórdia Divina.


Diariamente, colocaremos citações da obra de Santa Faustina, ou de outros autores que também receberam graças muito especiais, que o ajudará, com certeza, na sua meditação diária.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CONSAGRAÇÃO AOS ANJOS (continuação)

CONSAGRAÇÃO A MARIA E AOS SANTOS ANJOS


A meta da 'devotio' é sempre a glorificação de Deus. Ora, surge a questão se também criaturas santas podem ser veneradas. De fato, a Mãe de Deus, os Anjos e Santos são venerados na liturgia. Santo Tomás explica o porquê: "A veneração (devotio) prestada aos Santos de Deus... não para neles mesmos, mas passa para Deus, enquanto nos servos de Deus veneramos o próprio Deus" (Summa Theol., II-II,82,2,3um).

Ao longo da história várias devoções levaram, de fato, a 'consagrações' que não se dirigem exclusivamente a Deus, mas também às criaturas, a Maria, aos Santos Anjos e aos Santos. Tais consagrações representam o pleno desenvolvimento da correspondente 'devoção' ou 'veneração'. O fim último de tal consagração sempre fica sendo a glorificação de Deus. Uma consagração a uma criatura santa constitui uma certa comunhão no amor, pela qual os fiéis esperam poder ainda mais amar a Deus e servir-Lhe melhor. Este é, em primeiro lugar, o caso da criatura mais santa, a Mãe de Deus.

1. A Consagração a Nossa Senhora
A raiz histórica da consagração a Maria encontra-se nos primeiros tempos do cristianismo. Uma das orações mais antigas a Nossa Senhora, a oração 'À vossa proteção', contém já um ato de entrega à Mãe de Deus, cuja proteção a pessoa se confia. Segundo S. Luis Maria Grignion de Montfort († 1716), a consagração a Maria consiste em "entregar-se inteiramente à Santíssima Virgem, a fim de, por Ela, pertencer inteiramente à Pessoa de Jesus Cristo" (Tratado da verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 121). A entrega de si mesmo a Maria comporta, como obrigação, uma perfeita renovação das promessas batismais e, como fruto, uma correspondente dedicação maternal da parte de Maria. São Luís Maria funda, portanto, a consagração a Maria na consagração batismal, que ele reconhece como uma 'aliança', e na mediação de Maria com relação a Cristo. A obrigação a mais consiste em "fazer todas as suas ações por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, a fim de fazê-las mais perfeitamente por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus" (Ibid., n. 257).Numa alocução aos membros da Congregação Mariana, o Papa Pio XII disse: "A consagração à Mãe de Deus ... é uma entrega completa de si mesmo, por toda a vida e para a eternidade; ela é uma doação não meramente exterior ou sentimental, mas eficaz, que se realiza numa fervorosa vida cristã e mariana, numa vida apostólica, na qual o membro da Congregação se torna um servo de Maria como que representando na terra suas mãos visíveis, cheio do entusiasmo de uma vida interior viva que se difunde em todas as obras exteriores de uma piedade sólida, do culto divino, do amor ao próximo e do zelo" (Alocução de 21 de janeiro de 1945).Papa Paulo VI exortou a todos os filhos e filhas da Igreja a "consagrarem-se pessoalmente e de novo, com sinceridade, ao Imaculado Coração da Mãe da Igreja. E este sinal de amor filial total, a imitação do exemplo da Mãe, deve ser traduzido na vida, em obras! Sempre mais cada um há de orientar a sua vida em conformidade com a vontade de Deus, com o modelo de vida da Rainha celeste e, assim, servi-la como um autêntico filho" (Signum Magnum, no fim).Quando o Papa João Paulo II, no ano de 1984, juntamente com os bispos, realizou a consagração à Mãe de Deus, ele ligou a consagração a Cristo por meio de Maria com a consagração que Jesus fez de Si mesmo ao Pai por causa da nossa salvação: "Encontrando-nos hoje diante de Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: 'Eu consagro-Me por eles' - foram as Suas palavras - para eles serem também consagrados na verdade' (Jo 17,19)" (extraído do texto da Congregação para a Doutrina da Fé: A Mensagem de Fátima, junho de 2000).Nesta oração de consagração trata-se, no fundo, de uma participação, aprofundada com o auxílio de Maria, na consagração de Jesus, o divino Redentor, a Seu Pai (Jo 17,19), para a salvação do mundo. A consagração a Maria tem, portanto, a Cristo como o fim próprio: por ela o homem vem a ser não somente recetor das graças redentoras de Cristo, mas, com Maria, toma parte ativa na obra redentora de Cristo.
(continua...)

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