Após alguns momentos de silenciosa oração, como entre duas mães que se entendem, ela se inclinou sobre as crianças ajoelhadas ao seu lado, e fez com que rezassem para seu pai, que estava na África, para a sua avó, que estava doente e acamada e para Rosette que estava em tratamento no sanatório de Forlanini. Mais uma oração dirigida à Virgem e, em seguida, o sinal da cruz. A senhora, sempre com o bebê ao colo, enviou beijos para a Virgem Maria. Os três se levantaram, tornaram a fazer a genuflexão, pararam por alguns instantes, perto de um artista que lá estava a pintar uma série de arcadas em tamanho reduzido, e compartilharam um sorriso com ele (…)
Um turista acompanhava, de perto esta pequena cena, para ele, escandalosa. Aproximando-se resolutamente do artista, perguntou-lhe: "O senhor viu, não foi? Nem mesmo um olhar para o altar do Santíssimo Sacramento, mas genuflexões e orações para uma simples imagem da Virgem. (…)
"O senhor é católico? "Perguntou-lhe o artista, levantando-se, tranquilamente de seu banquinho. “Veja o senhor, eu sou luterano. (…) Há quase seis meses venho trabalhar com pinturas, esta preciosa Igreja. Todos os dias ou quase isso eu assisto à mesma cena que o senhor acabou de contemplar.
Esta mãe e seus filhinhos se tornaram meus melhores amigos. Eu conheço toda a história desta mulher e de sua família. Trata-se de uma sequência de infortúnios (…) Pois, o senhor sabe de onde ela tira a coragem para tudo suportar, para aguentar uma vida intolerável? Ela mesma me contou, diversas vezes: sua força está aqui, aos pés da Virgem.
(…) Se aos pés da Virgem, ela compreendeu o mistério do sofrimento e anulando-o, encontrou força suficiente para suportá-lo, acredite, senhor, que esta humilde mãe italiana encontrou a chave do que é essencial, sem recorrer a toda a nossa teologia.”
Nossa Senhora na vida e na devoção popular italiana
em: Maria - estudos sobre a Virgem Maria - sob a direção de Hubert du Manoir, s. j. - Volume IV, 1956
Fonte: Um MInuto com Maria
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